Cultura do Reisado sofre grande perda

Ontem, dia 7 de setembro, às sete horas da manhã faleceu Antonio Ferreira Lima (Mestre Antonio Ferreira), grande ícone da cultura nordestina, de forma especial, o Reisado.

Logo no dia 7 de setembro, dia da independência, será que podemos considerar isso um sinal? Podemos dizer que sim, pois morreu num dia glorioso para o Brasil, assim como é o que ele fazia, realmente um herói que merece ser honrado e condecorado.

Sua morte deixou abalada a todos, com uma tristeza que podemos considerar passageira, claro, porque o que irá ficar marcado mesmo e inesquecível é sua história de luta e persistência, que fez tornar-se um mestre de Reisado. Seu jeito único de brincar, sua amizade, seu saber, os bons momentos que ele proporcionou a milhares de pessoas, isso é impagável.

E hoje, dia 8 de setembro, é sepultado o corpo de um ancião que quando jovem encantou-se na arte do reisado sem imaginar que se tornaria um exemplo a ser seguido, um ponto de referência, um baluarte e um bacharel em cultura popular.

Uma semente plantada aos 16 de idade que aos 68 cumpri seu ultimo clico, mas o mais importante deles, deixou boas sementes, algumas crescidas e outras germinando e que futuramente darão bons frutos assim como a raiz principal de sua ramificação.

Dia 07/09 sempre relembrará o dia em que o Boi Coração mugiu, o caçador parou de pular, a burrinha amansou e que os poetas choraram, mas será lembrado principalmente pela felicidade que radiava Mestre Antonio, que falou poucos dias antes de sua “ida”, “Seu eu morreu agora, morro feliz por tudo que fiz e que deixei, porque consegui realizar meus sonhos”.

E é assim que ele nos quer, felizes para seguir em frente e não deixar “cair” a toada do reisado, ele quer que façamos não só por fazer, mas sim que façamos certo, original e sobre tudo como ele fazia, com AMOR.